Assistentes Sociais do Brasil! Sem a base não há como votar na chapa única ao Conselho Federal de Serviço Social-CFESS. Leia a NOTA
É redundante
começar essa nota dizendo que vivemos os mais tenebrosos tempos de barbárie. A
eleição de Trump nos Estados Unidos e o golpe de Estado no Brasil são apenas indicativos
disso. A classe trabalhadora mundial está ameaçada. As reformas destrutivas e
regressivas avançam a passos largos. No Brasil vemos governos cortando salários
de servidores, privatizando estatais, fechando escolas e universidades
públicas, acabando com direitos previdenciários e trabalhistas, terceirizando e
precarizando tudo que podem. Na gestão pública, nos três poderes, assistimos a promíscuas
açõesentre os golpistas na direção de consolidar o projeto de poder reacionário
e fascista que iniciaram com o golpe que sofremos, poistais ações repercutem
nas relações sociais de um modo geral, haja vista que as instituições as
reproduzem, tornando o cotidiano de trabalho insípido e muitas vezes, desumano.
Diante disso
tudo só nos resta uma alternativa: Resistir, lutar e nos unir. Mas, para isso é
necessário que finalmente possa sair do campo das abstrações a tão falada
unidade de esquerda. E mesmo que seja apenas um projeto, é necessário começar
de algum modo. Nesse sentido, entidades e organizações sociais que se colocam
no campo progressista são fundamentais, não apenas pela sua legitimidade
institucional, mas por sua capacidade política de AGREGAR e DIALOGAR COM A BASE
fazendo dos interesses populares interesses de toda a nação.
É nesse sentido
que defendemos que no campo do Serviço Social brasileiro as entidades que
representam a categoria devem ser ágeis no combate ao fascismo, ao mesmo tempo
em que sejam capazes de admitir como sendo próprio de ambientes democráticos a
pluralidade social e política no interior da categoria, sobretudo, aquela que
se situa no mesmo campo do pensamento anticapitalista.
Um Conselho
Federal deve ser capaz de manter-se em permanente diálogo com as bases (no
nosso caso, comas/os assistentes sociais) e, consequentemente, com os Conselhos
Regionais. Um Conselho Federal deve evitar o academicismo estéril e abstrato
que afasta cada vez mais o “clã dirigente” da base da categoria, a qual sofre
na pele os efeitos perversos do avanço do conservadorismo, da aniquilação da
democracia, da restrição do livre pensar. Um Conselho Federal como o nosso deve
constituir o debate sobre sua própria direção com a categoria, de modo a ter
nele representados os diferentes espaços socioocupacionais e não apenas pessoas
ligadas direta ou indiretamente às cátedras universitárias. Um Conselho Federal
como o nosso deve ter sua capacidade de diálogo cada vez mais ampliada de modo
a evitar cisões desnecessárias e inúteis num momento que requer unidade.
O projeto
ético-político-profissional não pode ser tratado como monopólio de um grupo
específico de pessoas e sim como um projeto coletivo.
Não há como
continuar desse modo. O que está em risco não é apenas a manutenção do caráter
crítico da profissão, mas a própria profissão. Por isso, VOTAMOS NULO para o
Conselho Federal com o entendimento de que é necessário mudar. Nos estados
vários CRESS estão sendo disputados por várias chapas, dentre as quais, muitas
pertencem ao mesmo campo e essa cisão é consequência da indiferença com que o
grupo autodenominado “vanguarda da categoria” tem se dedicado ao debate de
ideias sobre as muitas temáticas que nos afetam. Lembremos de que o CFESS
demorou bastante para admitir publicamente que a movimentação do
parlamento-judiciário-mídia era golpe. Não podemos vacilar em momentos
históricos como esse. Precisamos mudar! E nesse momento a principal e mais
radical mudança precisa se dar internamente, uma vez que tal feito pode servir
de possibilidade potencial e real para as transformações que a categoria tanto
anseia.
Vamos retomar o
diálogo com as bases pelos CRESS e vamos VOTAR NULO para o Conselho Federal
como expressão da nossa insatisfação e com o reconhecimento do esgotamento
político desse grupo que há anos vem transformando nossas entidades em braços
de partidos políticos e da academia.
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